quinta-feira, 19 de março de 2015

Por que eu não consigo escrever sobre coisas boas?

Estava analisando todos os meus textos, isto é, dos meus blogs, agendas, cadernos, tudo. Percebi que mesmo quando estou feliz escrevo sobre tristeza. Nada é tão lindo quanto a dor. Ou o amor, mas eles são sinônimos, não são?
Falando nisso, eu escrevo bastante sobre amor,né? Talvez seja porque eu sou o pessimismo com pernas e 1,50 de altura... E eu realmente não sei o que acontece com a minha cabeça, queria uma válvula de escape, uma distração, porque se eu parar pra pensar, eu não consigo superar. E cara, é um esforço tremendo ter pensamentos positivos, sou jovem demais e já sei como as coisas/pessoas podem ser decepcionantes. Sou uma desistente.
Ultimamente eu venho me analisado com muito mais frequência, me esforçando o máximo para não perder o controle. Aqui dentro existem os piores tipos de pensamentos, como se eu mesma tentasse me fazer mal, como se eu quisesse me ver fracassar, só pra me humilhar com o "eu te avisei". Existem pessoas que, mesmo sem saberem, estão me ajudando muito. Invejo sua força, seu auto controle, seu otimismo...
Então eu, com esses pensamentos obscuros, poderei escrever sobre algum sentimento bom? Me permitirei digitar "estou feliz, a vida é bela", quando a todo momento eu sinto que perderei tudo que eu tenho de mais valioso? Talvez eu não esteja preparada pra tudo isso. Talvez.
Eu tô bem, eu estou feliz, por uma série de motivos, por coisas bobas, coisas simples de coração. Porém, ainda sinto a instabilidade, a insegurança tomando conta de mim, o medo me dominando, alguém pode me tirar da minha mente?
O porto seguro pode ser aquele que está te afogando, aquele que você ama é aquilo que está te matando.

sábado, 14 de março de 2015

Eu não sei o que dizer.



Ultimamente venho me analisando com mais frequência e cheguei a conclusão de que mudei muito. Pessoas que eu julgava por determinadas decisões acabaram se tornando minhas companheiras em "papel de trouxa". Ou talvez eu só esteja sendo eu no quesito drama.
Aconteceram algumas coisas para testar a minha paciência e resistência... Consegui ser forte e permanecer em pé, mas juro que uma parte de mim se foi. Dou muito valor a sentimentos, inclusive os meus, não queria perdê-los tão facilmente ou desperdiçá-los com a pessoa errada. Mas aqui estou, mais uma vez, toda quebrada tentando viver uma vidinha baseada em mentiras e promessas quebradas.
A felicidade que toma conta de mim (em alguns momentos) faz valer a pena tudo isso. Felicidade que me devora e me faz dar valor ainda mais a vida e as coisas ao meu redor. Não me entendam mal, eu não estou querendo morrer. Estou tentando expressar meus sentimentos que não aguentam mais ficar dentro de mim, cansei de reprimi-los e as pessoas são cruéis, elas nunca querem realmente saber o que se passa, elas só estão curiosas. Esse texto não estão ao alcance delas, alias, ninguém vai ler, por isso faço isso por mim. Só eu poderei entrar aqui e ver o que se passa comigo, desabafar, sentir que tenho um lugar só meu.
Essa sensação de não pertencer a nenhum lugar também invade meus pensamentos de vez em quando. Todos pensam assim, certo? Mas comigo parece ser diferente, já que eu preciso estar sempre com alguém. Talvez minha carência excessiva aceite qualquer pessoa, mesmo que ela não me aceite como sou, fazendo com que eu ature críticas. Crises existências talvez sejam as piores, pensamos que já que não pertenço a nenhum lugar, não tenho ninguém, não faç diferença, por que continuo aqui?.
Eu também não sei. Sou uma máquina de "não sei". Não sei o que fazer, não sei o que sentir, não sei como é, não sei porque, não sei o que dizer, não sei o que escrever, não sei o que cantar, não sei.
Sou jovem demais pra me preocupar com isso ou talvez a juventude me faça pensar assim. Queria que a adolescência fosse mais fácil, queria ser mais forte em relação a tudo isso, madura o suficiente pra ignorar e seguir em frente. Queria superar.


" Huh, é uma coisa frágil essa vida que levamosSe eu pensar muito, eu não conseguirei superar

Oprimido pela graça

Pelo modo como vivemos nossa vida

Com a morte sobre nossos ombros

Quero que você saiba que eu se eu partirEu sempre te amei, sempre te mantive no topo, é verdade..."